Sala de parto do Hospital Municipal se chamará ‘Maria Biasoli da Silva’(Maria do Cinturão) em homenagem a cidadã
Na foto, o filho de Dona Maria Cinturão, Leonirdo, e as noras dela, Marli e Ivonete, durante a sessão de aprovação do PL.
Recebeu carta de boa parteira, título de Cidadã Benemérita, e também consagrada madrinha de muitos cidadãos tangaraenses, e a partir de agora, perante a aprovação ao Projeto de Lei (PL nº 55/2023), a sala de parto do Hospital Municipal Arlete Daisy Cichetti de Brito, se chamará ‘Maria Biasoli da Silva’(Maria do Cinturão), em homenagem a pioneira falecida em 2015.
O PL de autoria do Legislativo foi proposto pela vereadora Elaine Antunes (PODE), que destaca em justificativa, o quanto dona Maria, pelas próprias mãos, contribuiu para trazer ao mundo centenas de tangaraenses.
“Dona Maria ajudou muitas mulheres na hora do parto muitas vezes tendo de levar as grávidas ate Nortelândia com a ajuda do Dr. Armando e Dona Thays Barbosa, onde muitas crianças nasciam no meio do caminho com as graças de Deus e o coração bondoso de Dona Maria. Diante a sua controbuição nada mais justo que homenagear essa pessoa que residiu por 54 anos em nosso Município”.
Maria Biasoli da Silva era paranaense, natural de Paranavaí e chegou a Tangará da Serra acompanhada do esposo, mais os seis filhos do casal e residiram em um chácara, onde hoje está localizado o Bairro Vila Goiânia. A cidadã faleceu em 2015 aos 89 anos, deixando muitas saudades aos familiares e amigos. Apreciado em discussão única na 42ª Sessão Ordinária, realizada na terça-feira, 05 de novembro, o texto recebeu aprovação unânime, 13 votos favoráveis, e segue para sanção do Executivo. Confira a biografia de ‘Maria Biasoli da Silva’(Maria do Cinturão).
JUSTIFICATIVA
Maria Biasoli da Silva
*07/12/1925 +01/06/2015
Maria Biasoli da Silva nasceu no dia 07 de dezembro de 1925, na cidade de Ituverava, Estado de São Paulo. Filha de Antonio Biasoli e Josefina Rossignoli residiu em Paranavaí estado do Paraná.
Em 1961 embarcou em um caminhão (pau de arara) junto com seu esposo Julio Rodrigues e seus seis (6) filhos da cidade de Paranavaí, e chegando a Nova Olímpica ela adoeceu permanecendo por lá durante três meses, assim que sua saúde melhorou colocou novamente sua mudança em um caminhão seguindo pra Tangara da Serra.No trajeto, quando chegou a serra Tapirapuã o caminhão apresentou problemas mecânicos, o que se repetiu por seis vezes. Enquanto aguardava o conserto, Dona Maria sentava em um colchão com seus filhos deitados em seu colo e as onças rodeavam o caminhão, ela chorava muito com medo do perigo, e pela situação que se encontrava ali, pois passavam fome e sede.
Mesmo com tantas dificuldades conseguiram chegar a Tangara da Serra em 1961, onde montaram acampamento na vila Goiana, e seu esposo começou a trabalhar montando a serraria do senhor Aderaldo.Dona Maria, popularmente conhecida como, Maria cinturão, Maria parteira, Maria bezendeira ou Maria do Julio passou muitas dificuldades, pois na época em Tangará havia somente de 10 a 15 famílias.Tinha que fazer compra em Nova Olímpia, seu esposo ia andando buscar mantimento pra família, e chegava com os pés cheios de bolhas, enfrentava onça nas estradas.
Em 1963 nasceu seu filho caçula, e alguns anos depois Dona Maria perdeu um dos seus filhos vindo a falecer com sete anos de idade trazendo muita tristeza a família.Quando estava morando em uma chácara na Vila Goiânia, hoje um lindo bairro da nossa Tangara Dona Maria teve que alimentar seus filhos com leite de uma arvore chamada sovera, folhas e frutos do campo.Dona Maria ajudou muitas mulheres na hora do parto muitas vezes tendo de levar as grávidas ate Nortelândia com a ajuda do Dr. Armando e Dona Thays Barbosa, onde muitas crianças nasciam no meio do caminho com as graças de Deus e o coração bondoso de Dona Maria.
Dona Maria quem marcou o lugar e enterrou o primeiro bebê morto no parto onde hoje e o memorial dos pioneiros.Recebeu carta de boa parteira, Titulo de Cidadã Benemérita, foi consagrada Madrinha de muitos cidadãos pelo bem que fez a muitas pessoas em Tangará da Serra.Maria Biasoli da Silva veio a falecer em 2015 deixando muitas saudades aos familiares e amigos.
Diante o exposto, nada mais justo que homenagear essa pessoa que residiu por 54 anos em Tangará da Serra, e teve sua importância para o município, nominando para Maria Biasoli da Silva a Sala de Parto do Hospital Municipal Arlete Daisy Cichetti de Brito.